<
>

Por que Embiid é vaiado e 'odiado' por torcida da França em final com os EUA pelo ouro no basquete nas Olimpíadas 4z153y

Embiid comemora vitória dos EUA sobre a Sérvia no basquete das Olimpíadas EFE/EPA/YOAN VALAT

Neste sábado (10), o Dream Team dos Estados Unidos enfrenta a anfitriã França na aguardada final do basquete nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. E se já era esperado um comportamento vibrante da torcida sa na busca pela medalha de ouro, o nível de energia nas arquibancadas deve ser ainda maior, já que, do outro lado, haverá um verdadeiro "vilão nacional".

Trata-se do pivô Joel Embiid, um dos grandes destaques dos EUA na competição até agora. Em entrevista prévia ao duelo contra os ses, o astro do Philadelphia 76ers itiu que sabe que será vaiado pela torcida da casa antes, durante e depois do jogo.

"Falando francamente, eu não consigo entender por que recebo tantas críticas dos torcedores. Sei que vão me vaiar. E eu vou responder mandando engolirem as vaias. Então, vai ser bem divertido", brincou o camisa 11.

Mas por que Embiid é tão odiado pelos ses?

Ocorre que, em 2022, o pivô entrou com pedido e recebeu cidadania sa, tendo sua requisição atendida pessoalmente pelo presidente Emmanuel Macron. À época, a expectativa é que isso foi uma demonstração de que ele jogaria pelos Bleus nos Jogos Olímpicos de Paris. No entanto, não foi isso que aconteceu...

Em entrevistas recentes, Embiid explicou que, em suas conversas com Macron, nunca fez qualquer tipo de promessa em defender a França. O craque relatou, na verdade, que aproveitou os encontros para discutir política internacional com o presidente, salientando que as relações exteriores entre os ses e vários nações africanas que foram colonizadas "não são nada boas".

Justamente por isso, o jogador, que nasceu em Camarões (ex-colônia sa), afirma que não entende as críticas, salientando que "deveria ser fácil entender" por que ele escolheu jogar pelos Estados Unidos.

Embiid vive no país da América do Norte desde os 16 anos, tendo adquirido cidania estadunidense em 2023. Além disso, vários colegas de NBA também fizeram "pressão" nos bastidores para recrutá-lo para o Dream Team, afirmando que ele seria uma "peça-chave" no time. Foi mais do que suficiente para dizer "sim" ao convite do técnico Steve Kerr.

"Eu vivi metade da minha vida nos Estados Unidos e a outra metade no meu país de nascimento, que é Camarões. Então, eu tinha essas duas opções (de seleções para defender)", explicou.

"Mas desde o início eu deixei claro para todos que, mesmo se Camarões tivesse se classificado (para as Olimpíadas), eu não teria escolhido (jogar pelo país)", seguiu.

"No fim das contas, minha família inteira se mudou (para os Estados Unidos) e construímos muitas coisas lá. Então, por tudo o que conquistei nos Estados Unidos, e também por conhecer os caras do grupo (da seleção) de forma profunda, foi fácil tomar a decisão (de jogar pelo Dream Team)", argumentou.

O pivô vem fazendo ótimas Olimpíadas. Na última quinta (8), ele encarou frente-a-frente o atual MVP da NBA, Nikola Jokic, e foi bem no jogaço contra a Sérvia, registrando 19 pontos, 4 rebotes e 1 toco.

Nas últimas três partidas, o astro vem com média de 16 pontos por jogo e aproveitamento de 61% dos chutes. Tudo isso enquanto "encoraja" os torcedores a vaiarem cada vez mais alto nas aquibancadas.

"Eu sei que muitas pessoas querem que eu fale coisas polêmicas por causa do que etá acontecendo aqui (na França) e tudo mais... Mas a única coisa que digo é que vale tudo para ganhar o ouro. Então, é nisso que estou focado. No sábado, o foco deve ser em EUA x França, nada mais do que isso", finalizou Embiid.